27 de julho de 2010

O que Deus tem feito nas ruas

Na semana passada, além do que foi publicado por aqui, nós também realizamos mais duas revoluções: mais uma na Praça Marquês de Pombal e outra na Marina - todos com foco no evangelismo pessoal.

Aliás, essa tem sido uma experiência muito marcante. No Brasil nós quase sempre temos como base as apresentações de rua (teatro, clown, circo,etc), mas por aqui são vários os empecilhos e não tem como realizar nada disso nas ruas sem uma autorização da prefeitura. Daí, como ainda não conseguimos até hoje só fizemos apresentações completas dentro da Igreja.

Já nas ruas, o lance tem sido a abordagem mesmo através do evangelismo criativo. Os portugueses em geral são bem fechados para ouvir. Eles falam mesmo na nossa cara que não querem saber de Jesus e que se for pra falar sobre isso nós nem devemos nos sentar com eles. Já vimos alguns inclusive literalmente fugindo de nós!

No início isso nos assustou um pouco, mas ultimamente tem servido de motivação para continuar. Temos aprendido que quando alguém pára para nos ouvir é um verdadeiro milagre e que devemos parar nosso mundo pra isso. Aprendemos que quando alguém passa e lê nem que seja uma placa escrito JESUS TE AMA já é um começo.

Deus tem nos enchido a cada dia com mais amor por esse povo e a cada momento de intercessão não faltam lágrimas clamando por quebrantamento e perdão sobre a cegueira espiritual que muitos vivem. Eles pensam que a vida se resume em nascer, trabalhar, ter sua família e morrer. Apenas isso.

Semana passada tive 2 experiências que me marcaram muito:

Lúcio: um senhor de 65 anos que quando fui abordar disse grosseiramente que não queria papo comigo por eu ser cristão. Daí pensei: "Se toda vez que alguém falar isso comigo eu me afastar, eu não vou conseguir conversar com ninguém" - Então eu disse que queria apenas sentar do lado dele. Não demorou nem 5 segundos pra ele começar a falar de sua vida e convicções. Nós ficamos ali cerca de 15 minutos conversando sobre isso e inevitavelmente sobre a descrença dele em Deus. No final, ele acabou cedendo e pude falar do amor de Deus pela vida dele.

Luis e Tomás: O Luis estava com seu filho Tomás (de uns 7 anos) quando sentei pra conversarmos. Eu contei uma história usando o evangelismo criativo e ao final comecei a fazer comparações do amor de Jesus por nós como um amor entre pai e filho. Naquele momento seus olhos se enchiam de água sempre e ele timidamente tentava secar. Ele me ouviu durante vários minutos e depois começou a falar de sua vida e seu relacionamento com o Tomás. Detalhe: ele não acreditava em Deus e depois da nossa conversa pude ver claramente como ele tinha ficado comovido com esse momento.

São histórias assim que me fazem crer que mesmo em meio a incredulidade, Deus age. Que não há impossíveis para Ele e que uma simples vida vale mais do que o mundo inteiro.

Lufe

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